Destinado para aqueles que gostam de refletir sobre diversos temas!!!!

RemédiosEm meio ao presente século, é comum e bastante difuso pelo senso comum, o uso desenfreado de medicamentos. Os psicofármacos, não obstante desta realidade, também se enquadram no conjunto de drogas utilizadas para aliviar quaisquer pequenos problemas advindos de uma vida conturbada em sociedade.

É comum ouvir-se pessoas comentarem sobre a famosa “fluoxetina”, ou como queiram, “a pílula da felicidade”. Não que seja proibido, muito pelo contrário, deve-se utilizar, porém com suas devidas prescrições. Hoje, infelizmente, é muito fácil e comum pessoas comprarem medicamentos controlados pela internet. É comum ouvir-se no noticiário que cargas de medicamentos contrabandeados foram detidas. Dentre a este quadro, também se vê a fragilidade de alguns profissionais, que ao prescreverem as medicações, cometem erros grosseiros. Quando se trata de prescrições, adentra-se em um solo bastante movediço, pois atualmente o controle de prescrições está isoladamente entregue as mãos de médicos, não por questões científicas, mas sim por questões políticas, pois outros profissionais da saúde como: farmacêuticos, psicológicos e etc, teriam capacidade para tal tarefa, assim como os profissionais da medicina. Sabe-se atualmente, que muitas pessoas morrem anualmente por erros médicos ou por overdose farmacológica. Esse não são apenas dados inverídicos, mas sim dados comprovados e testificados por pesquisas.

As desvantagens demonstradas pelo uso de psicofarmacos são inúmeras, porém este artigo tratará especificamente do uso associado de psicofarmacos a terapia.

Dentre muitos exemplos que poderiam ser utilizados para demonstrar tal posição, mostrar-se-á primeiro os efeitos induzidos pelos psicofarmacos no organismo humano, mostrando assim, os efeitos colaterais provocados e suas possíveis desvantagens do uso associado à terapia.

As benzodiazepinas são drogas comumente usadas e podem ilustrar o quadro desvantajoso dos psicofarmacos. Como conseqüência do uso de benzodiazepina, destaca-se alguns efeitos colaterais bastante comuns. Os sintomas incluem: tonturas, concentração pobre, descoordenação, fraqueza muscular, vertigens e confusão mental. Mesmo em pequenas doses, as benzodiazepinas provocam tais efeitos hiper-sedativos e desempenham papel maléfico quanto à terapia. Infelizmente o quadro de sintomas causados pelas benzodiazepinas não acabam por ai, é comum a insônia, ansiedade, comportamentos hiperativos, irritabilidade e também ocasiona convulsões epilépticas.

Como principal vilão da psicoterapia, destaca-se o “embotamento emocional” causado pela droga acima mencionada. Vejamos. Imagine tratar de um paciente que não possui expressão facial, não demonstra emoção ou qualquer demonstração de carinho ou afeto diante de quaisquer situações apresentadas. É quase que impossível se ter uma terapia diante de uma pessoa que está apenas de “corpo presente” na seção. Menciona-se também as perturbações de memória causada pela droga, outro fator relevante na terapia que auxiliaria no seu tratamento psicoterápico.

Conforme mencionado, são diversas as reações e sintomas apresentados diante do uso de benzodiazepina. Vale à pena ressaltar que dependendo de cada pessoa, as reações podem ser adversas, ou seja, cada ser humano desenvolverá um conjunto de sintomas diante de uma droga, não sendo universal um sintoma apresentado à determinada pessoa.

Conforme o próprio laboratório produtor da fluoxetina, os efeitos do estresse psicofarmacológico são grandes. A fluoxetina é um representante fiel do grupo dos antidepressivos, muito utilizados pela psiquiatria. Um dado muito importante, é que mais de 60% das pessoas que utilizam os famosos ISRS(Inibidores seletivos da recaptação de serotonina) desencadeiam distúrbios sexuais. São comuns outras alterações, sendo elas: alterações cardiovasculares, hematológicas, hepáticas, musculares, ósseas, neurológicas, gastrointestinais, parkinsonismo e disquinésia tardia. Além de todos estes males, destaca-se a interferência que os ISRS apresentam em relação ao SNC (Sistema Nervoso Central), pois não apenas agem exclusivamente nos receptores de serotonina, mas sim, desencadeiam uma série de disfunções que acarretarão em vários problemas em outras regiões do organismo.

Como se não bastasse, estes sintomas causados pelos antidepressivos, desencadeiam outros sintomas advindos destes problemas relacionados ao estresse psicofarmacológico adquirido. Sendo eles: tomada de outros fármacos; disfuncionalidade psicossocial (medo de se sentir mal em público), desordem de pânico, psicoses, problemas profissionais/laborais, abandono dos estudos ou perda de qualidade de vida, “baixa” no trabalho ou reforma antecipada por invalidez.

Diante destas intempéries causadas pelos psicofarmacos, restas uma dúvida. Até que ponto pode-se utilizar fármacos com benefícios em terapia? Será que este uso não está causando desordem ao invés de melhora?

A partir de tais considerações a respeito do uso de psicofarmacos, averigua-se sob um olhar critico que, mediante ao uso de drogas, o paciente estará quase que inapto a desenvolver atividades psicoterápicas. Não obstante, o terapeuta não conseguirá desenvolver uma pratica interventiva eficaz, mediante a tais impossibilidades do paciente expressar suas emoções e frustrações.

Enfim, como se pode ver são adversos os mecanismos de ação de cada psicofarmaco. Diante de cada medicamento, se está diante de uma “caixinha de surpresas”.

Comentários em: "Desvantagens do uso associado entre psicofarmacologia e psicoterapia" (1)

  1. Gostei muito da discussão feita. Seria ótimo se as pessoas ao invés de se interessar tanto pelas “drogas,” passassem a se interessar mais por temas como este.

    PARABÉNS!!

Deixe um comentário